220921 Societies and Organizations as Autopoietic Systems
Organizações humanas são sistemas autopoiéticos; e portanto sistemas biológicos, que são mantidos (vivas) através da dinâmica de processos que a produz.
Uma língua é considerada viva enquanto há falantes que a utilizam e transmitem para as próximas gerações - se autoreproduzindo ao incorporar novos falantes. Se os novos falantes mativerem comunicação com ela, a sua dinâmica é mantida, e ela evolui; assim como seres vivos.
Por mais que uma língua morta - como o latim - possa ter novos falantes que a aprendem por interesses e/ou outros motivos - não sendo sua primeira língua - ela continua sendo considerada como morta enquanto a sua dinâmica não se autoreproduz com os seus falantes: dificilmente quem aprende línguas como latim, esperanto, …, a passa como língua materna às próximas gerações. Por mais que isso aconteça, a dificuldade do falante nativo da língua em poder a falar com outras pessoas nas suas atividades cotidianas faz com que essas línguas não se reproduzam facilmente.
Organismos, espécies, línguas, …, são portanto sistemas autopoiéticos vivos.
Um ser vivo se alimenta (e obedece às suas necessidades biológicas) para ter a energia necessária para que as suas partes sejam mantidas em funcionamento. Assim que um elemento estrutural fundamental do organismo deixa de funcionar - fundamental para a reprodução de processos que o mantém - ele deixa de ser um sistema autopoiético - por ser incapaz de se manter -, morre.
Quando uma língua deixa de ter novos falantes que a passam para as próximas gerações ela morre.
Quando uma empresa, que necessita de capital para se manter e crescer, deixa de tê-lo ela vai à falência; morre.
Não poderia-se dizer que a união de fungos em um micélio é um ser vivo?
References
220807 Autopoiesis 220921 Autopoiesis and Cognition, Humberto Maturana & Francisco Varela 220916 Autopoiesis - introduction by Stafford Beer